A mobilidade urbana está presente na vida de todos aqueles que andam por grandes cidades. Saiba mais sobre como esse conceito interfere no seu dia a dia
Você provavelmente já ouviu falar do conceito de mobilidade urbana, pois ele é extremamente necessário para a nossa vida na cidade.
Esse é um conceito bastante amplo, que abarca todas as condições que permitem o deslocamento das pessoas em uma cidade. No conceito de mobilidade urbana estão inseridas muitas outras categorias, como mobilidade sustentável e micromobilidade.
Segundo a Política Nacional de Mobilidade Urbana, está inserido nesse conceito “o conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestrutura que garantem os deslocamentos de pessoas e cargas no território do Município”. Isso significa que mesmo que você não perceba, a sua volta há muito planejamento para que você consiga se deslocar sem empecilhos pela cidade.
Porém, em grandes metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro e até mesmo grandes cidades do interior, como a cidade de Sorocaba-SP, onde a mobilidade urbana vem se tornando um grande problema para seus moradores. Continue lendo e entenda um pouco mais sobre como ela afeta a nossa vida diariamente.
Problemas relacionados à mobilidade urbana
Caso você faça uso de bicicleta, transportes coletivos ou simplesmente caminhe a pé pelas grandes metrópoles, já vive na pele muitos dos problemas da mobilidade urbana.
Com o êxodo rural que aconteceu no Brasil na segunda metade do século XX, com as grandes indústrias se estabelecendo nas cidades, a urbanização foi mais intensa. Porém, esse processo foi um tanto caótico.
Como resultado temos uma mobilidade urbana muitas vezes mal-planejada, com soluções que procuram resolver problemas imediatos ao invés de olhar para o cenário de uma forma mais ampla.
Falta de segurança para pedestres e ciclistas, avenidas esburacadas, quantidade excessiva de veículos, baixa qualidade do ar e altas tarifas no transporte público são apenas alguns dos desafios enfrentados por aqueles que desejam se locomover em uma grande cidade.
Com o aumento das tarifas dos transportes coletivos e o sucateamento das linhas de trens, ônibus e metrôs, há o aumento do número de pessoas que optam por se locomover via automóvel, o que gera um maior número de veículos nas ruas. Hoje em dia, há aproximadamente um automóvel para quatro habitantes.
Com o aumento do número de automóveis circulando pelas cidades, também há o aumento das emissões de gases tóxicos como o CO2.
Segundo dados do relatório apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2018 (COP 24), os ônibus são responsáveis pela emissão de 5% dos gases de efeito estufa, enquanto os carros ficam com 45% do total de emissões.
Um ponto muito importante que precisa ser considerado nas políticas de mobilidade urbana é a acessibilidade, principalmente quando falamos de pessoas com deficiência.
As calçadas muitas vezes apresentam muitos obstáculos para deficientes físicos e visuais, além de muitos transportes públicos não estarem totalmente adaptados para receberem esse público.
Como melhorar a mobilidade urbana
Um primeiro passo para melhorar essa locomoção nos grandes centros metropolitanos é o investimento em políticas de promoção do uso de bicicletas.
Com ciclovias, pontos de compartilhamento de bikes e integração entre as ciclofaixas e os transportes coletivos, as pessoas começarão a considerar mais esse meio de transporte não apenas para o lazer, mas para se locomoverem.
Além disso, melhorar a qualidade e amplitude da rede de transporte coletivo é essencial para que a mobilidade urbana avance sem transtornos.
Muitas pessoas deixam de utilizar o transporte coletivo, pois ele não está próximo de suas residências, ou está em condições muito precárias. Alguns chegam a ter o tempo de trajeto dobrado quando preferem usar o transporte coletivo ao transporte individual.