A lesão por pressão pode afetar várias partes do corpo, como pele, pés e quadril. Tais ferimentos têm diversos graus e geram muita dor e desconforto aos pacientes.
Nos últimos anos, as longas internações provocadas pelo coronavirus contribuíram para o aumento de casos em ambientes hospitalares. Assim, o uso do Canabidiol como alternativa aos tratamentos convencionais vem ganhando destaque.
Esse cenário faz com que diversos profissionais da saúde busquem se atualizar e aprender mais por meio de cursos de Cannabis medicinal. Como resultado, pacientes ganham mais qualidade de vida e chances de cura.
Como visto, o tema é atual e merece ser aprofundado. Por isso, preparamos este artigo com informações essenciais sobre as úlceras na pele e seus tratamentos. Saiba mais a seguir!
O que é lesão por pressão na pele
Lesão por pressão na pele são feridas abertas no tecido epitelial humano. Elas também são chamadas de úlceras de decúbito, úlceras de pressão ou escaras e acometem, principalmente, pessoas que passam muito tempo em uma mesma posição.
Quem já lidou com o problema, enquanto paciente ou médico, sabe que não é apenas a aparência das lesões que incomoda. Elas causam dor e desconforto nos pacientes e tem inúmeras consequências.
Em alguns casos, a ferida é tão profunda que pode até ser comparada com um “buraco” no tecido epitelial. Exatamente por isso, o tratamento precisa ser rápido e eficaz, a fim de evitar que o quadro se agrave e se espalhe pelo corpo.
Quais são as causas da lesão por pressão na pele
A prática médica é clara ao classificar as lesões por pressão na pele como complicações perigosas e com potencial de se tornarem infecciosas. Sendo assim, é imprescindível entender as origens do problema.
Em geral, a principal causa desse quadro é a baixa irrigação sanguínea em alguma região em razão de uma pressão prolongada, que pode estar combinada a algum atrito, puxão ou umidade — esse último, em regiões ósseas.
Sabendo disso, podemos destacar algumas condições e doenças que podem contribuir para o aparecimento dessas lesões. Veja a seguir!
Diabetes
Algumas das consequências da Diabetes é o dano a alguns nervos e a perda de sensibilidade nas mãos, pés e pernas. Essa condição é um risco, já que o paciente pode demorar a perceber pressões e o início das lesões.
Somado a isso, o elevado nível de açúcar no sangue tem efeitos na cicatrização de feridas. Com isso, é possível que pequenos machucados se transformem em feridas na pele.
Pressão por contato
Pessoas que ficam muito tempo na mesma posição sofrem do que chamamos de pressão por contato. Esse problema comprime vasos sanguíneos e pode evoluir para a morte da pele, já que o sangue não chega até o local.
Varizes e coágulos sanguíneos
Varizes e coágulos sanguíneos são mais algumas das condições que podem causar úlceras na pele. Isso porque, elas prejudicam a distribuição do sangue pelo corpo, causando inchaços e insuficiência venosa.
Outros fatores de risco
Além dos problemas citados anteriormente, existem alguns fatores de riscos associados ao surgimento das escaras. São elas:
- gestação — as alterações hormonais desse período afetam o fluxo de sangue nas pernas e pode evoluir para uma úlcera;
- hipertensão — a pressão alta afeta a estrutura das artérias e do fluxo de sangue pelo organismo;
- tabagismo — fumar pode prejudicar a estrutura das artérias, deixando-as mais rígidas e menos eficientes;
- internação prolongada em hospital — pessoas impedidas de se movimentar podem enfrentar úlceras na pele em locais com maior pressão;
- uso de cadeira de rodas — ficar muito tempo na mesma posição pode desencadear lesões cutâneas;
- obesidade — o excesso de gordura é um fator de risco para a Diabetes.
Os 4 graus da lesão por pressão na pele
Pacientes com sensibilidade preservada reclamam muito da dor provocada pelas lesões. Isso porque, a depender do grau da ferida, ela pode ser séria e ter outras complicações. Nesse sentido, podemos classificar as úlceras de pressão em quatro graus diferentes. Veja!
Eritema ou hiperemia
Esse é o primeiro grau da úlcera de pele, caracterizada por lesões mais superficiais, sem o potencial de afetar a estrutura do tecido. Em geral, o paciente tem manchas avermelhadas no local, mas elas somem quando a pressão é aliviada.
Isquemia
O segundo grau das úlceras de pele já compromete as demais camadas do tecido epitelial. Nesse caso, é possível perceber o surgimento de bolhas, esfoliações ou pequenos orifícios no local atingido.
Necrose
O terceiro grau da lesão é ainda mais sério e atinge o músculo. Em geral, a região começa a apresentar uma coloração arroxeada e pode existir nódulos de textura rígida.
Ulceração
O último grau da úlcera na pele é marcado pela destruição do tecido epitelial e dos músculos no local onde a pressão é exercida. Trata-se de uma lesão séria, que deixa ossos e articulações expostas e gera dor intensa.
Como tratar lesão por pressão na pele
Ficou claro que as lesões na pele precisam de uma intervenção rápida e precisa. Além disso, o tipo de tratamento depende do grau e complexidade das lesões apresentadas pelo paciente.
No caso de eritemas e da isquemia, é possível obter a regressão do problema com a eliminação da pressão no local atingido. Mas, há situações em que o uso de medicamentos, como antibióticos, é necessário.
Casos mais graves, como as úlceras de grau 4, podem exigir intervenção cirúrgica para retirada do tecido morto e transplante de pele para acelerar a recuperação.
Canabidiol é eficaz no tratamento de lesão por pressão na pele
Diversas pesquisas e estudos já comprovaram que o Canabidiol (CDB) tem ação anti-inflamatória, antioxidante e analgésica. Sendo assim, o uso dessa substância pode ser apontado como uma novidade importante no tratamento dessas lesões.
Além de acelerar o processo de recuperação e cicatrização da pele, a aplicação do óleo ou pomada nos ferimentos reduz a sensação de dor. Isso porque, o composto age em regiões do cérebro responsáveis pela regulação de processos fisiológicos, como a dor e o humor.
É importante destacar que não existem contraindicações para o tratamento, tampouco efeitos colaterais. Tudo isso demonstra a importância de evoluirmos nos estudos sobre o tema, já que milhares de pessoas podem ter suas lesões por pressão na pele curadas pela ação dessa planta medicinal.