O homem acusado de filmar a jovem Isabella Pacheco, de 19 anos, no provador de uma loja em um shopping da zona norte de Sorocaba, filmava e tirava fotos de mulheres há um ano.
Segundo informações da delegada Veraly Ferraz, da Delegacia da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de sorocaba, o rapaz, que tem a mesma idade de Isabella, prestou depoimento na quarta-feira (9) e confessou os crimes a delegada
No celular dele, além dos vídeos que havia gravado de Isabella, foram encontradas entre oito e dez imagens de outras vítimas, afirma Veraly.
Até o momento, a polícia não sabe a identidade das demais mulheres.
Ainda conforme a delegada, o celular foi encaminhado para a perícia. Os peritos vão tentar recuperar os registros apagados do aparelho.
Inicialmente, a polícia não considera a hipótese de compartilhamento de imagens. Porém, somente o resultado do laudo poderá comprovar essa informação, informa Veraly.
O caso
Isabella contou ter ido a uma loja situada em um shopping da zona norte da cidade, na tarde de segunda-feira (7), feriado da Independência do Brasil. Ela estava acompanhada dos pais. A família foi ao estabelecimento para pagar uma conta. Mas ela e a mãe também decidiram experimentar algumas peças.
Quando se dirigiam ao provador, um funcionário perguntou se elas gostariam de sacolas para guardar os itens. Na sequência, ele as acompanhou até as cabines.
Após experimentar a peça, quando já se vestia para sair do provador, Isabella ouviu um barulho e avistou um celular embaixo da porta. Inicialmente, pensou tratar-se do aparelho da mãe. Porém, ao observar os detalhes, percebeu que não era. Nesse momento, tentou chutar o equipamento, mas alguém o puxou. Rapidamente, saiu da cabine, para averiguar a situação. Relatou o ocorrido ao pai. Ele informou ter visto o homem passar correndo pela loja.
A família contou o caso aos funcionários e pediu para chamarem o acusado. O gerente, informa ela, tentou abrandar a situação. Mas, após muita insistência, foi até a área restrita aos colaboradores e acionou o funcionário.
Na galeria do celular dele, nada foi encontrado. No entanto, um cliente sugeriu a averiguação na nuvem do aparelho. No armazenamento interno, foram encontrados vídeos de Isabella e de várias outras mulheres. “Me senti exposta e tive a minha privacidade invadida. Fiquei inconformada com a situação, porque eu acreditei estar segurança dentro da loja”, pontua ela, indignada.
Depois dessa constatação, a família acionou a Polícia Militar. Os policiais orientaram Isabella a abrir boletim de ocorrência, mas não apreenderam o celular. Por esse motivo, o acusado conseguiu deletar definitivamente as imagens.
Investigação
O caso será investigado pela DDM. Além do resultado da perícia no aparelho, a polícia também vai ouvir os PMs que atenderam a ocorrência.
Posteriormente, as provas serão encaminhadas ao Ministério Público (MP), para a continuidade da investigação. A Justiça imputará a penalidade ao acusado. Ele deve ser autuado por crime contra a dignidade sexual. A pena é de um ano de prisão.(Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul).
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