Aprenda a reconhecer os sintomas e entenda a importância da vacinação para prevenir a leucemia felina.
Se você tem um gato ou está querendo adotar um, provavelmente já se deparou com essa sigla: FeLV. Essa é uma das doenças mais graves que podem atingir esses animais e, se você não sabe do que se trata, continue lendo para entender tudo sobre a leucemia felina.
O que mais assusta quem recebe esse diagnóstico é que essa é uma doença para a qual ainda não existe cura, além de ser altamente contagiosa. A boa notícia é que há vacina, que é a melhor forma de prevenir a FeLV e pode ser encontrada em praticamente qualquer clínica ou emergência veterinária.
Prevenção
Por ser uma doença sem cura e que pode se tornar grave, a prevenção é de fundamental importância e a melhor forma de fazer isso é mantendo a carteirinha de vacinação do seu pet sempre em dia.
A vacina polivalente (ou V5) é a mais completa, pois previne contra essa e outras doenças felinas. No entanto, é preciso ter certeza de que o seu gatinho não está infectado antes de aplicá-la, mesmo que ele esteja tomando o reforço anual. Se você acha que existe o risco, teste antes.
Manter uma alimentação balanceada e uma rotina que inclua alguns exercícios físicos também é um jeito de deixar o seu gatinho mais saudável e é uma ótima ideia para prevenir qualquer doença. Evitar o contato com outros gatos desconhecidos e não deixar o seu pet sair sozinho também é importante.
Transmissão
A sigla FeLV vem de Feline leukemia virus e se refere ao causador desse problema, um vírus que pode passar de um gato para outro pelas secreções, como saliva, fezes e urina. Por isso, você precisa ter muito mais atenção se o seu gato convive com outros felinos, mesmo que eventualmente.
Esse também é o motivo pelo qual, se você já tem gatos em casa, é imprescindível fazer um exame para detectar a doença antes de trazer um novo integrante para o clã felino. Caso contrário, ele pode contaminar os outros. Os gatos têm o hábito de se lamber quando ficam amigos, mas podem pegar essa doença fazendo isso.
Diagnóstico
O exame que investiga a FeLV se chama ELISA e detecta tanto o antígeno da leucemia como os anticorpos da FIV – a AIDS dos gatos, outra doença altamente contagiosa e que compromete o sistema imunológico dos bichanos.
Se você vai adotar um gatinho de rua, é fundamental que ele passe por esse teste. Se der positivo, o ideal é que ele seja filho único, para não expor outros gatos ao risco, que sempre vai existir, mesmo com o tratamento. A doença, no entanto, é contagiosa apenas entre gatos e não passa para os humanos ou outros animais domésticos, como os cachorros.
Além disso, apesar de não ter cura, se o diagnóstico for feito nas fases iniciais, o tratamento pode garantir uma vida normal ao seu amigo, desde que seja seguido conforme orientações de um profissional, que deve acompanhá-lo regularmente.
Sintomas
A FeLV afeta diretamente o sistema imunológico do animal, o que pode deixá-lo mais vulnerável a doenças oportunistas. Por isso, qualquer sinal de fraqueza deve motivar uma investigação, especialmente se o seu gato não é vacinado ou costuma sair de casa, hábito que não é recomendado justamente por riscos como esse.
Entre os principais sintomas estão:
- perda de peso;
- vômito ou diarreia frequente;
- cicatrização lenta ou presença de infecções na pele;
- secreção excessiva nos olhos;
- batimentos cardíacos acelerados;
- necessidade de urinar com frequência.
Se o seu gatinho apresenta vários desses sintomas, você deve procurar ajuda para investigar essa possibilidade. É importante não perder tempo porque o diagnóstico precoce aumenta bastante as chances de sucesso do tratamento.
Tratamento
O tratamento é feito com antivirais e imunomoduladores, tendo como objetivo amenizar a infecção. No entanto, dependendo do quadro, ele também pode precisar de antimicrobianos, antifúngicos e anti-inflamatórios. Como cada animal é único, apenas um profissional que analise a situação específica daquele animal e o tipo da manifestação da FeLV naquele organismo pode indicar o tratamento adequado.
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