Não se trata apenas de estilo: o minimalismo também dialoga com a sustentabilidade.
A moda está sempre em movimento: as coisas que são utilizadas por uma geração desaparecem e, às vezes, décadas depois, retornam com força total. Um exemplo? Os sapatos e jeans que eram hit nos anos 90 foram rechaçados nos anos 2000 e agora, trinta anos depois, tomam todas as vitrines e ocupam os armários de influenciadores digitais.
As roupas básicas, nesse ínterim, nunca perderam a majestade: entra ano, sai ano, e o jeans com camiseta branca ainda é visto com um dos combos mais elegantes e atraentes. Se o look for coroado por uma jaqueta preta, dessas que imitam couro, está feito: o estilo James Dean, rebelde e sedutor, é sempre bem-vindo.
O minimalismo prova que há muito a ser descoberto no básico. Trata-se de algo, na verdade, que vai além da tendência de moda: é um estilo de vida. Ter menos roupas implica em comprar menos coisas — o que, por sua vez, implica em produzir menos lixo.
O minimalismo também nos obriga a ser criativos: como criar mais looks com um número reduzido de peças? Falaremos um pouco mais sobre esse e outros pontos a seguir.
Minimalismo: o que é?
Na moda, o minimalismo está ligado às cores mais básicas, que combinam com tudo. Nesse caso, nos referimos ao branco, preto, cinza, aos tons de marrom (especialmente os mais fechados) e ao azul escuro.
Só por essas opções, já vemos uma gama de possibilidades: um shorts marrom, por exemplo, combina maravilhosamente bem com uma camisa branca de linho. Para finalizar, é possível apostar em um tênis branco bonito, em um par de botas ou, para sair à noite, em um salto alto. Se for necessário aumentar a elegância, basta fechar o conjunto com um blazer marrom ou branco.
A mesma camisa branca de linho, aliás, poderia ser usada em outras combinações interessantes sem fugir da paleta já citada: ela vai bem com uma calça azul marinho ou preta, com uma pantacourt cinza ou com kimono escuro.
Quer dizer que não é possível utilizar estampas dentro do estilo minimalista? Não, de forma alguma: as estampas são desejadas, mas devem ser simples e não rivalizar demais com o resto da produção. Na prática, são preferíveis as estampas tradicionais, como xadrez ou listras.
No minimalismo, brilham os looks monocromáticos: calça de alfaiataria, camisa e sapatos, tudo em preto ou azul, por exemplo, é uma combinação minimalista que é lida como elegante e que funcionaria bem em ambientes casuais, mas também em espaços sérios, como escritórios.
De forma simplificada, a regra do estilo é: menos é mais. Se for possível tirar uma coisa, tire. Se for para escolher um acessório, escolha um bem marcante e vá para o mundo.
Quantas peças eu devo ter?
A quantidade de peças que você julgar suficiente. Não existe uma regra rígida nesse sentido, visto que cada um conhece suas necessidades cotidianas. Isso não significa, porém, que não seja possível repensar os nossos padrões de consumo.
A ideia do minimalismo não é se impedir de comprar roupas quando preciso, mas se questionar sobre a real necessidade de cada compra. Se você já tem uma ou duas peças parecidas com a que você deseja levar para casa, será que precisa realmente dela? Se não tem o costume de usar calças compridas, por que ter quatro ou cinco modelos diferentes?
No final das contas, trata-se de parcimônia e não de limitação ou censura. Não é saudável impedir-se de fazer aquilo que se deseja, mas não é saudável, inclusive financeiramente, ceder aos impulsos de consumo o tempo todo.
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