A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tentou recentemente se inserir no mercado brasileiro de apostas esportivas, apontando que tinha interesse em participar do processo de regulamentação do setor que é um dos grandes objetivos do governo Lula.
Com isso, a entidade máxima do futebol nacional chegou a solicitar um aumento considerável no repasse dos valores arrecadados com as apostas esportivas. A Lei 13.756 de 2018, que legalizou a atuação das plataformas de palpites no Brasil, prevê que os clubes de futebol recebam um repasse de 1,63% do lucro líquido das operadoras de apostas esportivas. Contudo, a CBF pediu para que o Ministério da Fazenda, pasta responsável pela regulamentação do setor, repensasse essa porcentagem.
A CBF solicitou que o repasse fosse de 4% da receita bruta deste mercado, onde 20% do montante ficaria com a entidade e 80% seria destinado aos clubes. O pedido em questão não deixou os clubes de futebol nada satisfeitos, já que mesmo eles querendo uma maior participação no rendimento da indústria dos palpites, eles acreditam que a entidade não possui qualquer direito em representá-los nesse assunto.
Assim sendo, com a pressão exercida pelos clubes, a entidade acabou desistindo de realizar qualquer reunião com os representantes do Ministério da Fazenda, e afirmou que não participará mais do processo de regulamentação dos palpites no país.
Nos últimos anos, o mercado de palpites em eventos esportivos cresceu de forma considerável no país, e existe a expectativa de que ele continue em ascensão, já que um número cada vez maior de brasileiros têm demonstrado certo interesse pelo setor. Com isso, as plataformas atuantes no Brasil têm se adaptado às preferências do público, possibilitando que os usuários façam suas apostas com cartão de crédito e possam utilizar uma variedade de promoções para conseguir algumas vantagens, como saldo extra, cashback, cash-out e até palpites gratuitos na hora de fazer uma fezinha nos jogos dos seus times preferidos, por exemplo.
O que a CBF queria
Como dito anteriormente, a entidade pediu ao Ministério da Fazenda um aumento no repasse dos valores arrecadados com as apostas esportivas, que deveria saltar de 1,63% da arrecadação líquida, para 4% da receita bruta. Com isso, a entidade ficaria com 20% e 80% seria repassado para os clubes. Contudo, caso essa proposta fosse levada à frente, as companhias que atuam no setor acabariam saindo no prejuízo, já que após pagarem os impostos e os prêmios aos apostadores elas não teriam qualquer lucro.
De acordo com a CBF, uma participação tão elevada faria sentido já que a entidade precisa aumentar as medidas de segurança para o combate à manipulação de resultados, além disso, os times conseguiram um repasse bem superior ao que é previsto na legislação atualmente.
Ademais, a entidade esclareceu que as sugestões iniciais para participar do processo da regulamentação das apostas esportivas eram de “caráter provisório, sujeitas, portanto, a eventuais revisões”. Com isso, eles garantiram que continuarão acompanhando de perto o processo de regulamentação e quais resumos ele irá tomar nas próximas semanas.