A matematica é importante até no futebol e compreender essa relaçao permite ver a aplicação prática de conceitos teóricos das Ciências Exatas.
Paixão nacional dos brasileiros, o futebol é bem mais “exato” do que parece. Dos campos às táticas, passando pelo rendimento dos atletas até chegar ao resultado final do placar, o esporte tem muito de matemática. Compreender essa relação, mais do que uma curiosidade, é também uma forma de ver a aplicação prática de alguns conceitos aprendidos na teoria das Ciências Exatas.
Na análise mais simples, a contagem de gols é a que mais interessa ao torcedor. Afinal, uma partida é decidida pelo time que consegue mais vezes balançar a rede do adversário. No entanto, para se chegar ao resultado esperado é preciso estratégia e preparação.
Os treinos são essenciais para garantir o bom rendimento do atleta. Além de darem condicionamento físico, é o momento em que o atleta coloca em prática o esquema tático do técnico, que envolve muita matemática. No passe de bola para o companheiro do time, o jogador realiza um cálculo mental para estimar a distância e definir a força necessária para o lançamento.
Mas além das análises das jogadas, os números também podem auxiliar no tipo de treino. A chamada modelagem numérica é responsável por realizar a previsão do tempo, fator determinante no rendimento físico dos atletas. Isto é possível por meio de um conjunto de equações, que empregam o cálculo de assíntota e outros conceitos da matemática, da física, da química e da computação.
Na prática de esportes ao ar livre, fatores como umidade do ar, velocidade do vento, temperatura e incidência de chuvas impactam diretamente no desempenho dos atletas.
A matemática de cada lance em campo
A geometria do campo é outro fator fundamental para o estabelecimento das estratégias de um jogo de futebol. Na cobrança de um escanteio, além da força que será usada para chutar a bola, o jogador deve analisar o ângulo da jogada.
Outra situação em que a geometria, a matemática e a física devem ser consideradas é a cobrança de pênaltis, ainda mais decisiva em uma partida de futebol. A distância entre a marca e a trave é de apenas 11 metros. Mais uma vez, cabe ao jogador avaliar a força e o ângulo da cobrança.
Em contrapartida, para o goleiro armar a sua defesa também são necessários alguns cálculos. Ele está posicionado a 11 metros do jogador, entre duas traves paralelas que guardam 7,32 metros em si. Já a distância do solo à trave superior é de 2,44 metros. Assim, ele é responsável por defender uma área de quase 18 metros quadrados.
Estudos da University of Greenwich, no Reino Unido, foram ainda mais longe e avaliaram se é possível o goleiro acertar a direção da bola a partir da observação do ângulo dos ombros e perna de apoio do batedor de pênalti.
Para a realização da pesquisa foram filmadas 46 cobranças, que foram repassadas a um software para a análise dos movimentos, que mediu os ângulos dos ombros, da perna de apoio, dos pés e do tronco do atleta. Foi constatado que apenas os dois primeiros têm relação com a direção do chute.
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