Os exames de imagem são grandes aliados para a neurologia, área médica que trata patologias dos sistemas nervoso central e periférico. Por meio dessas avaliações é possível investigar suspeitas e traçar um diagnóstico preciso, mesmo quando a doença está em estágio inicial. Isto é fundamental para assegurar o tratamento adequado e maior qualidade de vida do paciente.
Dentre esses exames, a ressonância magnética tem um papel de extrema importância por tratar-se de um método não invasivo e que fornece o detalhamento das estruturas avaliadas. O exame auxilia no diagnóstico de doenças como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral (AVC), aneurismas, estenoses, meningite, hemorragias, traumas, epilepsia, tumores, distúrbios psicológicos, processos inflamatórios, aneurisma cerebral, dentre outros.
Alzheimer
Aproximadamente um milhão de brasileiros têm diagnóstico de demência, sendo a maior parte identificados com Alzheimer, conforme estudo publicado em abril deste ano na Revista Brasileira de Epidemiologia. Segundo a publicação, a estimativa é que esse número quadruplique pelos próximos 30 anos.
O Alzheimer é uma doença progressiva que se inicia de forma silenciosa, por isso, é importante estar atento aos primeiros sinais. A doença ainda não tem cura, mas quanto mais cedo for iniciado o tratamento, os sintomas poderão ser controlados, desacelerando a evolução do quadro.
De acordo com informações do Instituto Alzheimer Brasil, os principais sinais da doença são o esquecimento frequente de fatos e acontecimentos recentes; mudanças na capacidade de planejamento, resolução de problemas e realização de cálculos; dificuldades para executar tarefas que são habituais; e perda de noção de tempo ou espaço.
A realização de ressonância magnética para excluir suspeitas de lesões estruturais no cérebro é uma das ações previstas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Alzheimer do Ministério da Saúde.
Parkinson
Os principais sintomas da Doença de Parkinson são motores, como tremor, instabilidade postural e lentidão nos movimentos. No Brasil, a patologia aflige cerca de 200 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde. A manifestação é mais comum em idosos
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Embora ainda não haja cura, o diagnóstico precoce também é importante para reduzir a sua progressão. “A escolha do medicamento mais adequado deverá levar em consideração fatores como estágio da doença, a sintomatologia presente, ocorrência de efeitos colaterais, idade do paciente”, orienta o Ministério da Saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, no diagnóstico do Parkinson, a ressonância magnética é utilizada para o descarte de outras doenças.
Esclerose múltipla
Já a esclerose múltipla atinge em torno de 35 mil brasileiros, conforme informações da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), que explica que a doença afeta, principalmente, mulheres na faixa etária entre 20 e 40 anos. A esclerose múltipla é crônica, autoimune e neurológica. “Não é uma doença mental, não é contagiosa e não há formas de prevenção”, enfatiza a Abem.
Assim como o Alzheimer e o Parkinson, também não há cura para a esclerose múltipla. O tratamento reside em atenuar sintomas para evitar o agravamento das condições do paciente. Entre os sintomas mais comuns estão fadiga, alterações na fala, perda de equilíbrio, tremores, vertigens, falta de coordenação motora, rigidez dos membros inferiores, transtornos cognitivos e emocionais.
Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Esclerose Múltipla do Ministério da Saúde, a ressonância magnética do encéfalo é fundamental para o diagnóstico com base em critérios específicos.
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